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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Um caminho sem volta: Um colapso à vista


Crise econômica está derrubando Grécia e provoca ameaças na Espanha

Esses dias eu estava dando uma olhada no Jornal O Estado de São Paulo, quando de repente li um artigo do jornalista Jamil Chade, que é correspondente do jornal na Europa, intitulado: “UE já tem plano se Grécia deixar euro”. O Mundo está prestes a passar por um colapso nunca visto antes, na história. Os países que tem o euro como moeda vigente em seu país, estão tentando de todas as formas segurar a Grécia e manter a moeda no país grego. Entretanto, as coisas não estão nada favoráveis para os gregos: Está um verdadeiro caos.
A Grécia teme uma recessão drástica por conta da crise que abalou as estruturas econômicas gregas. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, outro jornal belga, chamado, De Standaard, menciona que: “Há um ano e meio havia um risco de um efeito dominó”.
Pelo jeito esse temor continua. A Grécia está numa situação muito delicada porque ou ela se adapta as propostas européias ou ela opta pelo dracma (moeda grega antes do euro), e assim sendo, a situação ficará ainda mais insuportável. Uma das propostas européias é a de que se a Grécia permanecer na zona do euro, os outros países que mantém a mesma moeda, terá que desembolsar para ajudar a Grécia: 182 bilhões de euro. Agora, caso a Grécia queira sair, ela terá que dar às esses países uma cifra bilionária de: 274 bilhões de euro.
Além disso, se a Grécia resolver, os prejuízos serão enormes. Olha o que diz o comissário de Comércio da Europa, Karel De Gucht, disse: “O caos na Grécia seria tão grande que outros cidadãos de outros países entenderiam que não deveriam seguir o mesmo caminho e que nenhum outro país a sair do euro”.
A segunda proposta caso a Grécia é retornar à dracma e veja o que virá: “salários deixarão de ser pagos; a inflação vai explodir; bancos fecharão as portas; os supermercados ficarão vazio e haverá violência generalizada, descontrolada e emigração em massa.
Meu querido amigo, (a), a história deste mundo está chegando ao seu final. Esse é o reino que Satanás domina, mas Deus em sua infinita misericórdia preparou um lar, algo melhor do que simplesmente esse mundinho pode nos oferecer. Quer conhecer esse lugar? (João 14, Apocalipse 21, 22 Isaías 65, 66). Logo, “Aquele que há de vir, virá e não tardará (Hebreus 10:37). Esse é apenas o “princípio das dores” (Mateus 24:8). Tudo o que a Bíblia menciona de destruição e catástrofe irá acontecer, quer você queira, ou não. Jesus precisa voltar. A única salvaguarda do mundo, está na volta de Jesus. Estamos no limiar da “plenitude dos tempos” (Gálatas 4:4). Ainda não estamos no momento crítico do mundo, mas, também não estamos longe de alcançá-lo.
                Cada dia que passa, estamos avançando em algum aspecto para a decadência moral (veja a lista em 2 Timóteo cáp. 3). Por acaso, não é o que estamos começando a ver hoje? Olha o que diz Ellen White, em O Desejado de Todas as Nações, na página 18 e 19: “Chegara a plenitude dos tempos. A humanidade tornando-se mais degradada através dos séculos de transgressão, pedia a vinda do Redentor. Satanás estivera em operação para tornar intransponível o abismo entre a Terra e o Céu. Por suas falsidades tornara os homens atrevidos no pecado. Era seu desígnio esgotar a paciência de Deus, e extinguir-Lhe o amor para com os homens de maneira que Ele abandonasse o mundo à satânica jurisdição. O pecado se tornara uma ciência, e era o vício consagrado como parte da religião. A rebelião deitara fundas raízes na alma, e violenta era a hostilidade do homem contra o Céu. Ficara demonstrado perante o Universo que, separada de Deus, a humanidade não se poderia erguer. Novo elemento de vida e poder tinha de ser comunicado por Aquele que fizera o mundo".
Esse é um dos maiores objetivos de Satanás: nos afastar da Eterna e redentora graça de Cristo. Hoje, Cristo intercede por você e por mim (Daniel 7:9 e 10). Ele deseja te dar a Vida Eterna. Ele deseja te livrar das garras de Satanás. Ele deseja te dar "a coroa da vida" (Apocalipse 2:10).
Sobretudo, queridos amigos, "Vigiai e orai para que não entreis em tentação" (Mateus 26:41). Amigos, temos que alicerçar nossa fé em Cristo.
"Quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima" (Lucas 21:28). Vamos para casa, vamos para o lar povo de Deus!


terça-feira, 5 de junho de 2012

Dia da Alegria

Quão feliz é seu sábado? Nós, os adventistas do sétimo dia, às vezes, somos acusados de legalistas devido à nossa fidelidade aos Dez Mandamentos, especialmente ao quarto mandamento. Muitas vezes, os membro da igreja alimentam essa ideia por tornarem a observância do sábado um fardo, dando a impressão que alguém pode ganhar a aprovação divina por estar se abstendo de algo no sábado. Esse comportamento nos leva de volta aos tempos da nação judaica, quando o sábado se tornou um fardo tal, que realmente não era um dia feliz.
O sábado deve ser uma das experiências mais felizes que podemos ter. E que experiência! Digo isso, por experiência própria. É um dia de liberação das tensões das atividades do cotidiano: A Bíblia explica essa perspectiva, no próprio quarto mandamento. Ele será o sinal que distinguirá o povo de Deus no tempo do fim. O diabo trabalha com todas as forças contra o sábado, pois ele é o sinal de que Deus é o Criador. O sábado é tão odiado por Satanás, que ele faz de tudo para destruir o seu significado.
O que mais agrada ao inimigo de nossas almas é incentivar os membros da igreja a considerar a guarda do sábado como um meio de ganhar o céu e, melhor ainda, transformá-lo em algo pesado e restritivo para que nossas crianças aprendam a odiá-lo. Mas o sábado deve ser um prazer em todos os momentos, não apenas pela manhã, das nove às doze e meia. O sábado é de "´pôr-do-sol a pôr-do-sol" e foi criado para ser um dia de rejuvenecimento. Quando experimentarmos a alegria do sábado, será difícil aguardar pela chegada do melhor dia da semana.
Já podemos sentir a diferença na sexta feira à noite. Esse dia santificado por Deus; Ele o abençoou e o fez particularmente especial (Gn 2:3).
Devemos nos lembrar disso e pessoalmente lutar contra as frequentes pressões para permitir que elementos externos, como as atividades de trabalho, avancem dentro das horas do sábado. No passado, era mais fácil evitar as intrusões no sábado, simplesmente desligando a televisão ou o rádio, e não pegando o jornal.
Hoje, porém, temos sempre à mão os celulares inteligentes. Neles podemos ter a lição daescola sabatina, mas também acessar qualquer coisa do mundo lá fora. Mais do que nunca, precisamos assumir pessoalmente a responsabilidade de não deixar que nada interfira na alegria de um dia especial com Deus. Precisamos descansar de nosssa rotina. Como a Nancy (esposa do Pastor Ted Wilson), disse a ele: "Você só precisa descansar de tudo isso".
A alegria da observância do sábado, porém, não acontece simplesmente por desligar o computador e dizer: "Está bem. Agora vamos começar o sábado." O sábado não é apenas uma questão do que não fazemos - é também uma questão do que fazemos nesse dia. E uma questão de cultivar sua caminhada com o Senhor. Guardar o sábado como santo e considerá-lo um prazer só é possível por meio de vibrante relacionamento com o Senhor do sábado.
Embora, minha relação com o Senhor seja bem pessoal, entre Ele e eu; as implicações de meu relacionamento serão sentidas por todos com quem convivo. Por exemplo, em lugar de racionalizar o mandamento dizendo: "Sabe, o sábado é o dia de descanso, e como não devo trabalhar, vou comer num restaurante." Devo fazer tudo o que puder para não fazer com que outros trabalhem a mais e para ajudá-los a ver a beleza do sábado. Não podemos considerar o sábado como algo vazio que deve ser observado, ou como uma lista de coisas que devemos fazer ou não fazer. Esse não o princípio do sábado.
O real princípio do sábado é reconectar-nos ao Criador. Assim, em lugar de nos concentrarmos em ações específicas, devemos considerar o sábado como um tempo para nos reconectar com Deus, com a natureza e com os nossos familiares e queridos. Quando fazemos isso, o sábado vai ter um significado diferente, porque se tornará um tipo de passagem entre uma semana e a próxima, e que nos lembra de onde viemos, porque estamos aqui e para onde estamos indo.
Uma boa ideia para as igrejas locais seria desenvolver seminários sobre o sábado, que apresentem maneiras práticas de tornar o sábado um dia feliz, envolvendo as famílias e promovendo o crescimento espiritual. A igreja local desempenha um importante papel sobre qual será a opinião dos membros em relação à observância do sábado, que pode ser um modo legalista de adorar a Deus, ou um tempo de tempo maravilhoso de refúgio. É por isso que até mesmo o princípio e o final do sábado são importantes. O Deus que nos fez, oferece, uma vez por semana, a oportunidade de rejuvenescimento físico e espiritual, ao nos voltarmos para Aquele que nos conhece melhor do que jamais poderemos conhecer.
Alguns podem dizer: "Eu desenvolvo minha vida espiritual caminhando pelas montanhas." E você pode fazer isso, de vez em quando. Tudo bem. Mas, não deve transformar num hábito de todos os sábados, nem mesmo em sábados alternados. Você deve se encontrar com as pessoas que compartilham da sua fé. Para mim, uma das melhores partes do sábado é o estudo da Bíblia e a lição da escola sabatina.
Hoje, a TV e a Internet transmitem cultos das igrejas e outros programas religiosos. Embora isso tenha o seu lugar, a mídia nunca deve substituir a sua frequencia e participação na congregação local durante o sábado. Precisamos estar fisicamente presentes no local do qual somos parte. Todo adventista deve pertencer a uma igreja. A Bíblia aconselha a nos reunirmos aos sábados (Hb 10:25). Não queremos perder a comunhão dos irmãos, pois é ali que encontramos força e incentivo. As pessoas que vão de uma igreja para a outra, ou procuram onde estão os melhores pregadores ou a melhor comida, não receberão a bênção sábatica em sua plenitude. Há algo especial em estarmos em comunhão com nossos irmãos que não encontraremos em nenhum outro lugar. Não desenvolva o hábito de se afastar da comunhão da igreja. Uma vez que você começa a se ausentar, é muito fácil dizer: "Ah, eu não vou para igreja essa semana. Vou assistir ao sermão pela TV." para muitas famílias com filhos pequenos, é um desafio arrumá-los para a igreja e mantê-los ocupados durante o culto. Mas vale a pena o esforço, pois estão estão investindo no futuro eterno das crianças. A casa de Deus deve ser um lugar onde as pessoas são tolerantes com as crianças e não considerem uma interrupção no programa como sendo o fim do mundo. Estamos lá para adorar a Deus e também para comungarmos uns com os outros. Temos que nos apoiar mutuamente e animar aos que estão passando por dificuldades.
Embora o sábado seja um dia de descanso, é também um dia de participação, especialmente no momento do culto, onde o maior número de pessoas deve participar ativamente. A igreja deve ser um lugar dinâmico e ativo, com  muitas mãos para ajudar. Todos devem encontrar seu "lugar", seja ele no momento do culto ou até mesmona cozinha. Os jovens devem ser incentivados a participar.
A música inspiradora é parte importante do culto de adoração no sábado. Música que combine com a sua cultura, mas que não chame a atenção para o intérprete em lugar de glorificar a Deus. Nunca devemos esquecer, ao nos reunirmos aos sábados, de que estamos na casa de Deus, mesmo que esta seja uma sala alugada. Se ela se tornar apenas um auditório, perderá seu significado. É necessário um senso de respeito e decoro nos cultos da igreja, inclusive na escola sabatina, que é mais informal.
Percebo certo respeito em todas as igrejas adventistas, não importa se estão se reunindo numa sala simples, uma igreja de um dia, ou em um lindo edifício de pedras. Isso mostra que o coração das pessoas está  sintonizado com Aquele a quem vieram adorar no Seu dia especial de alegria

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Companheiros de Trabalho




Reflexões sobre o Casamento

De Tiago e Ellen White



Poucos dias antes do que seria o sexagésimo aniversário de casamento de Ellen White, ela relembrou com carinho a pessoa de Tiago White, seu esposo, já falecido. “Nos casamos e assim estamos desde então. Apesar de ele estar morto, em minha opinião ele foi o melhor homem deste mundo. A despeito do que [as pessoas] possam dizer [...] em minha viuvez, eu não me uniria minha vida com mais ninguém. Sinto [...] que devo preservar a memória de meu esposo.”

Tiago e Ellen provavelmente se encontraram, pela primeira vez, no verão de 1844. Ambos eram adventistas mileritas, que ansiosamente aguardavam o retorno de Cristo em 1844. A despeito de sua saúde, Ellen falava em reuniões e testemunhava de sua fé para outros. Tiago era um jovem pregador entusiasta, que em uma turnê evangelística de quatro meses, num período de pesadas nevadas no início de 1843, converteu mil pessoas. Em relação às suas crenças, os  dois tinham muito em comum. Poucas semanas após 22 de outubro de 1844, quando Jesus não retornou como esperado, Ellen recebeu sua primeira visão. Quando exatamente foi a primeira vez que Tiago ouviu a respeito dela, não se sabe. No, entanto, ele logo se uniu ao grupo de amigos de Ellen que a acompanhavam nas viagens para testemunhar sobre suas visões. No dia 30 de agosto de 1846, Tiago Spinger White, 25 anos e cerca de 1,83 metro de altura, e Ellen Gould Harmon, 18 anos e com 1,57 m, se casaram diante de Charles Harding, juiz de paz em Portland, Maine. Esse foi o início de quase 35 anos de parceria que terminou com a morte de Tiago, no dia 6 de agosto de 1881.

Como recém-casados, Tiago e Ellen começaram a vida em Gorham, Maine, morando com Robert e Eunice Harmon, pais de Ellen. Eles moravam ali quando ela deu à luz ao seu primeiro filho, Henry Nichols, em 1847. Mais tarde, os White tiveram mais três filhos, James Edson, em 1849, William Clarence, em 1854, e John Herbert, em 1860. Somente o segundo e o terceiro filho sobreviveram até a idade adulta.

Durante alguns anos, Tiago e Ellen viajaram por toda a Nova Inglaterra, o estado de Nova Iorque e Canadá, realizando reuniões e incentivando a fé dos novos conversos. Devido às condições primitivas das viagens naquele tempo, eles deixaram seu filho mais velho, Henry, aos cuidados da família de amigos adventistas, Stockbridge Howland, por cinco anos, em Topsham, Maine (EUA).

No final de 1848, Deus instruiu Ellen White, em visão, que seu esposo deveria começar uma revista. Só no mês de julho do ano seguinte, Tiago, que não tinha dinheiro e pouca educação formal, conseguiu lançar o primeiro jornal da igreja nascente, Present Truth (A Verdade Presente). Essa não foi a primeira vez que Deus falou através de Ellen para o avanço da jovem igreja. Embora nem sempre soubesse qual o melhor modo de agir, Tiago, tanto quanto sabemos, nunca respondia: “Não! Outra visão, não!” Ao contrário, ele sempre o herói de sua esposa, seu defensor e editor.

Com o tempo, Present Truth deu lugar à Adventist Review and Sabbath Herald (Revista Adventista e Arauto do Sábado), conhecida hoje como Adventist Review (Revista Adventista). Mais uma vez, Ellen apoiou o novo empreendimento. Certa vez, quando Tiago chegou a casa, totalmente desanimado por não ter dinheiro para publicar o próximo exemplar da revista, ela lhe entregou uma meia cheia de moedas que havia cuidadosamente poupado para uma futura emergência. Havia exatamente o suficiente para sanar a crise.

Em 1852, Tiago e Ellen se mudaram para Rochester, Nova Iorque. A qualidade de vida era bem primitiva, mas continuavam trabalhando juntos para o avanço da igreja. Eles alugaram uma casa por 175 dólares por ano. A vida do casal não era fácil. Na sala de estar abrigavam  a nova máquina de imprimir e vários jovens que ali trabalhavam, moravam com eles.

De Rochester, os White se mudaram para Battle Creek, Michigan, em 1855, onde compraram sua primeira casa. Durante os anos seguintes, continuaram trabalhando juntos; Tiago pregava pela manhã e Ellen falava pela tarde. Às vezes, eram desafiados por críticas de membros da igreja. . Na verdade, até seus filhos, especialmente o segundo, Edson, foi um grande desafio para eles. Muitas vezes Ellen era a mediadora entre pai e filho. A personalidade, muitas vezes rebelde de Edson, contrastava com a do seu irmão mais novo William, que tendia a ser mais obediente.

Tiago White sofreu, pelo menos, cinco derrames, iniciando em 1865. Toda vez Ellen fazia tudo o que podia para que seu esposo se recuperasse. Quando o tratamento do instituto de saúde de Dansville, Nova Iorque, para o qual ela o havia levado, divergiu do que ela achava que ele precisava, Ellen levou Tiago de volta para casa, em Battle Creek. Mais tarde, foram para Greenville, Michigan. Não querendo que Tiago ficasse inativo, Ellen pediu aos vizinhos que quando ele pedisse ajuda para recolher o feno, deveriam dizer que estavam muito ocupados para ajudá-lo. Ellen carregava a carroça com o feno enquanto Tiago arriava e conduzia a parelha de cavalos. Algum tempo antes, ela fizera uma trilha na neve com os pés, para que ele pudesse caminhar seguindo suas pegadas. Lentamente Tiago recuperou a saúde. Ela ficou muito feliz quando, outra vez, ele pôde voltar ao púlpito para pregar.

Ao longo dos anos, os dois sempre oravam juntos e às vezes escolhiam um bosque perto da sua casa para os momentos de oração em conjunto. Eram generosos em doar seus recursos. Ellen White declara, em 1885, que ela e Tiago haviam doado trinta e mil dólares para a obra de Deus. Eles viajavam a cavalo, de charrete, bote, diligência e, várias vezes cruzaram os Estados Unidos de trem. Eles falavam em escolas, tendas, bosques, igrejas, celeiros, reuniões campais e nas casas das pessoas. Também fundaram instituições, escreveram artigos para as revistas que Tiago iniciara e até acamparam juntos no Colorado. Logo no princípio, quando paravam para comer, Tiago, às vezes, escrevia artigos usando a aba de seu chapéu como escrivaninha, enquanto Ellen preparava a refeição.

Embora nem sempre concordassem em tudo, o amor e respeito de um pelo outro somado ao objetivo comum de preparar pessoas para se encontrar com Jesus, superava tudo. Entretanto, quando Tiago teve a idéia de liderar uma caravana de carroças do Texas ao Colorado, em 1878, Ellen não ficou contente. A despeito de suas reservas, porém, ela o acompanhou para arrumar as camas, todas as noites, e preparar as refeições. Mesmo assim, as chuvas torrenciais não facilitaram a viagem!

A música era parte importante do ministério que Tiago e Ellen compartilhavam. Geralmente, em sua casa, cantar era parte dos cultos em família. Tiago compilou quatro dos primeiros hinários usados pelos pioneiros adventistas. Certa ocasião, Tiago estava presidindo uma assembléia da Associação Geral. A vida era difícil. No intuito de animar as pessoas, ele convidou sua esposa e, juntos cantaram um dueto que alcançou com sucesso o seu objetivo. Em vários aspectos, eles faziam um trabalho de equipe.

Entre 1873 e 1876 Tiago White sofreu vários derrames cerebrais. Eles alteraram em muito seu humor, tanto que ele decidiu ir sozinho a uma viagem de palestras, enquanto Ellen ficou em casa, em Oakland, Califórnia, onde moravam.

Embora Ellen não compreendesse exatamente o que estava causando esse tipo de comportamento no seu esposo, suas cartas revelam uma mulher que amava muito seu marido. Tiago tinha grande consideração pelas mensagens que Deus, às vezes enviava a ele por meio da sua esposa. De fato, após admoestá-la, por carta, para que não lhe escrevesse meros conselhos de esposa, disse-lhe que se Deus lhe enviasse uma mensagem para ele, ela deveria enviá-la! Apesar de estar tremendamente enfermo naquele tempo, Tiago reconhecia sua profunda necessidade da ajuda divina, por isso não queria que sua esposa omitisse nenhuma mensagem especial para ele. Mesmo assim, nos anos seguintes e até sua morte, em várias ocasiões diferentes Tiago e Ellen concluíram que seria melhor trabalharem separadamente, seguido de períodos de esforços combinados.

A despeito do comportamento excêntrico de Tiago, resultante dos derrames, seu amor por sua esposa nunca vacilou. Em 1874, ele recomendou que seu filho Willie desse à sua mãe o que ela precisasse. “Tenha o mais terno cuidado para com a sua querida mãe [...] Não concorde com suas idéias de economia, levando-os a sofrer privações.” Sempre generosa com os outros, Ellen era bem econômica quando precisava gastar dinheiro consigo mesma. Ellen, por sua vez, também expressava sua preocupação e carinho por Tiago. Em 1878, quando o deixou de férias no Colorado enquanto participava de algumas reuniões campais, ela escreveu para ele: “Podemos escrever no inverno. Deixe isso de lado agora. Livre-se de todo fardo e torne-se um garoto despreocupado outra vez [...] Faça caminhadas, acampe, pesque, cace, vá a lugares onde nunca esteve antes, descanse e desfrute de tudo. Volte, então, revigorado para seu trabalho.”

Cerca de um ano antes da morte de Tiago que aconteceu no dia 6 de agosto de 1881, vítima de malária, ele escreveu sobre Ellen: “Ela tem sido minha coroa de regozijo.” Tiago morreu quatro dias após seu aniversário de sessenta anos.

Quando alguém sugeriu a Ellen que um monumento de uma coluna quebrada fosse usado para representar a vida de seu esposo, ela recusou, pois achava que isso desonraria suas notáveis realizações. Eles resistiram às tempestades da vida e nada, além da morte, quebraria essa união. Hoje, 130 anos após a morte de Tiago, seu casamento com Ellen ainda é um exemplo de serviço para a igreja que ajudaram a fundar.