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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

ELLEN WHITE E O SÁBADO

A Maneira equilibrada como a serva do Senhor compreendia e guardava o sétimo dia


Crianças sentem atração especial por púlpitos, especialmente se o pregador é da família. Quando um pequenino caminha a passos vacilantes até a "plataforma", toda a congregação fica em suspense.
Alguns cochicham, outros sorriem, o pregador olha para os lados e os sonolentos finalmente despertam. Poucos imaginam que Ellen White passou por essa situação clássica. Enquanto ela pregava num sábado em Santa Helena, Califórnia, seu filho William foi à frente e assentou-se em uma cadeira. Sorrindo, a mensageira pediu desculpas e disse: "Qunado William era bebê, eu costumava trazê-lo para a plataforma e deixá-lo dormindo numa cesta embaixo do púlpito, e ele nunca perdeu o hábito."
Você deve imaginar qual foi a reação da congregação.
Esse episódio de tolerância e bom humor revela um pouco a maneira como Ellen White entendia o sábado. Mensageira do Senhor, mãe, pregadora, esposa de pastor, escritora, e conselheira da igreja, ela poderia se render ao cansaço das múltiplas tarefas e perder de vista a santidade do sétimo dia. Sua intensa dedicação à obra de Deus também poderia ter distorcido sua observância do sábado, transformando-a num rito vazio e antipático. Felizmente, notamos em sua vida e escritos um equilíbrio entre a seriedade e a alegria da guarda do sábado.
A compreensão era fruto do relacionamento que Ellen tinha com Cristo. Alguém que a conheceu se referiu ao seu amor a Jesus com as seguintes palavras: "Jamais em minha vida conheci uma mulher que parecesse tão completamente consagrada ao Senhor Jesus. Ele parecia ser para ela um amigo, uma pessoa que ela conhecia, amava e em quem confiava. Ela encontrava grande alegria em falar sobre Jesus." Portanto, era natural que o conceito de Ellen White sobre o sábado fosse consequência de sua comunhão com o Senhor do sábado (Mt 12:8).


Em família

Não foi por meio de visões que Ellen White aceitou o sétimo dia. Era a vontade de Deus que ela estudasse as doutrinas bíblicas, conferindo as Escrituras por si mesma.
Em agosto de 1846, chegou as mãos do casal White um livreto em defesa do sábado, escrito por José Bates. Ambos aceitaram o ensino prontamente. Apenas no ano seguinte essa doutrina foi confirmada numa visão em que Ellen contemplou o quarto mandamento brilhando mais intensamente nas Tábuas da Lei que se achavam no santuário celestial.
Cativados pela mensagem, Tiago e Ellen logo passaram a transmiti-la ao "rebanho disperso" dos adventistas (ou ex-mileritas). Aos sábados, bem como durante a semana, a família White atendia a inúmeros compromissos em igrejas, campais e pequenas reuniões em lares de leste a oeste do vasto território norte-americano. Porém, o casal abnegado não negligenciava os momentos de comunhão sábatica com o Criador.
De acordo com Arthur White , o sábado na casa de seus avós, "era um dia cheio, passado assistindo às reuniões, lendo para as criançasdurante a tarde, passeando pelo mato ou à margem das correntes e visitando os enfermos e desanimados". A leitura tinha um lugar especial. Quando os filhos eram jovens, Ellen pesquisava revistas religiosas, procurando histórias que pudessem ser lidas no sábado. Recortava artigos e os colava em um caderno.
Os White também tiveram sábados difíceis. No fim de 1854, por exemplo, Ellen estava no sétimo mês de gravidez de seu terceiro filho e recebeu em sua casa obreiros e suas famílias, muitos deles com sintomas de tuberculose. Assim ela descreve o episódio: "Não tínhamos sábados tranquilos. .... Visto que os trabalhadores do escritório, um atrás do outro , voltavam para casa doentes, precisando de atenção extra, eu receava sucumbir de ansiedade ou preocupação." Mesmo com poucos recursos, em 1859, a família White chegou a acolher 39 pessoas. Ellen acreditava firmemente que o sábado também era um dia para ajudar o necessitado.
Apesar de suas luatas, a mensageira do Senhor considerava o sétimo dia como o "mais doce e abençoado da semana", conforme a promessa de Isaías 58:13-14. Por isso, insistia que as pequenas coisas do lar demonstrassem essa verdade. A comida, por exemplo, deveria ser simples, porém a mais saborosa e desejável. Segundo ela, o ambiente limpo do lar, roupas especiais conversas felizes sobre assuntos positivos e espirituais, passeio pela natureza, descanso físico e mental e a atenção especial dos pais aos filhos, tudo compunha o quadro da verdadeira observância do sábado. Ela afirmou também que as horas passadas em família podem ser os momentos mais preciosos e sagrados doi dia.


Modelo


A guarda do sábado é um "termômetro" da vida cristã e não apenas um "objeto de lei", segundo Ellen. Em seus escritos , lemos que a influência santificadora do último sábado desfrutado, bem como a preparação para o próximo alcançam naturalmente todos os outros dias da semana. O sábado, portanto, deve ser lembrado como sinal de íntima relação entre Deus e Seu povo, uma pausa libertadora após uma cansativa semana de trabalho.
No olhar de Ellen White, o sétimo dia era uma bandeira a ser hasteada ousadamente perante o mundo. Quando líderes desejavam evitar sequer mencionar o sábado em uma revista da igreja (American Sentinel), a fim de atrair mais leitores e apoio, Ellen White opôs-se frontalmente. Na Assembléia Geral de 1891, ela discursou, aleratndo sobre o "perigo de ocultar ou manter em segundo plano os aspectos distintivos de nossa fé, sob a impressão de que isso evitaria preconceito. Se nos foi confiada uma mensagem especial, conforme cremos, essa mensagem deve ser divulgada, independentemente dos costumes ou preconceitos do mundo."
O discurso tece boa aceitação e os líderes desistiramde esconder o sábado.
A mensagem equilibrada como Ellen White compreendia e guardava o sábado é uma inspiração para a igreja até hoje. Seus escritos nos previnem contra os extremos do legalismo ("tudo é proibido") e do liberalismo ("tudo é permitido"). Seus ensinos devem ser seguidos, porque se baseiam na Palavra de Deus e têm sua origem e fim em Cristo Lendo-os, devemos refletir se nossa maneira de guardar o sábado agrada ao Senhor e diz ao mundo quão felizes somos por isso.

2 comentários:

Nora disse...

O sabado brilhando em maior quantidade,em detrimento do primeiro mandamento? Em outras palavras: O 4º mandamento passou para o lugar do 1º mandamento? Não há uma incoerência aí?
Desde que se lembrem de que nosso sabado de descanso e repouso é O Senhor Jesus, não vejo nenhuma objeção. Contudo, as outras denominações cristãs óptam pelo domingo pelo fato de: Tanto a ressurreição de Cristo, quanto a descida do Espito Santo e o nascimento da igreja terem acontecido num domingo, conforme Levitico 23:15 a seguir (comparar com Atos 2.De acordo com Hbreus 4:4ao 8 nosso descanso e repouso tem seu dia chamado:"HOJE".
Não tenho nada contra Elen White, tenho contra as pessoas que levantam sua bandeira e a colocam no pedestal da fama, dividindo assim, a gloria de Deus com Elem White,em detrimento da gloria do Evangelho de Cristo. Se Elen merece tanto status, onde ficam Daniel, Paulo, João? No entanto a Biblia é sábia e não oferece nenhum risco de idolatria aos profetas biblicos. Porque então tanto axioma em relação a White?

Efraim Mello disse...

Minha querida irmã é uma satisfação enorme em tê-la no blog comentando um artigo que escrevi. Realmente, devemos ser coerentes no que diz respeito a Senhora Ellen White. Devemos entende-la como uma profetisa do Senhor e não como uma imagem adorada e idolatrada. Devemos entende-la que Deus usou ela para um determinado fim e que ela também em seus livros menciona que ela não veio para substituir ninguém, muito pelo contrário ela diz em seus livros que os livros dela conduzem as pessoas para a Luz Maior que de fato é a Bíblia.