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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Qual é a Vontade de Deus para a Sua Vida?





Nos últimos meses, mais do que nunca, tenho lidado com a questão da vontade de Deus para minha vida. Há duas razões para isso. A primeira é que estou em um momento decisivo em minha carreira profissional. Não se é da vontade de Deus que eu continue trabalhando no local em que vivo atualmente ou se devo seguir em frente. E se for da vontade que eu mude daqui, aonde será que Ele quer que eu vá? Devo trabalhar ou voltar a estudar? A segunda razão é que uma amizade bastante próxima que valorizei por muito tempo (e que parecia ser a vontade de Deus para minha vida) desmoronou. Isso me deixou confuso em relação a todas as vezes que tinha certeza de que era a vontade de Deus manter essa amizade. Isso lhe soa familiar?

Conhecendo a Vontade de Deus

Sou como qualquer cristão que deseja fazer a vontade de Deus – que, segundo Paulo, é “boa, agradável, e perfeita” (Rm 12:2). Em seu livro The Mystery of God’s Will [O Mistério da Vontade de Deus], Charles Swindoll menciona que “em nossos momentos de maior reflexão e maturidade, queremos fazer a vontade de Deus”. Portanto, para mim, a questão não tem sido se quero ou não fazer a vontade de Deus, e sim como identifica-la com absoluta certeza.

Esse pode ser um assunto muito amplo e assustador. Com perguntas parecidas com as minhas, muitos estão interessados em saber a vontade de Deus  ao escolherem sua profissão.

Outros suplicam pela vontade de Deus ao planejar o casamento e escolher um (a) companheiro (a) para a vida. Quero enfatizar, no entanto, como os cristãos entendem a vontade de Deus para a vida em termos mais amplos. O que é necessário realmente para que isso aconteça? Para que fique bem claro, este artigo não responderá a todas as suas perguntas relacionadas à busca da vontade de Deus. Afinal de contas, nem tudo tem uma reposta simples.

Iniciando a Busca

A Bíblia tem muito a dizer sobre a questão de como entender a vontade de Deus para nossa vida. Neste artigo quero ressaltar a perspectiva de Romanos 12 traz à discussão. Embora não se trate de uma discussão exaustiva (ou sistemática), é um bom ponto de partida.

Por meio de Romanos 12, compreendi ser necessário ter uma experiência de conversão genuína contínua antes que possamos começar a entender a vontade de Deus. Tal conversão deve acontecer ao utilizarmos por completo os dons que Deus nos deu para o ministério. Romanos 12, em especial os dois primeiros versículos, é um capítulo bastante conhecido por muitos. Paulo dá suas dicas importantes sobre como descobrir a vontade de Deus. Ele começa fazendo um convite aos seus leitores: “Portanto, rogo vos, irmãos, pela compaixão de Deus que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (v.1). Você já pensou no que Paulo queria dizer aqui? Ao ler o resto do capítulo, você perceberá que Paulo está falando sobre o uso dos dons e talentos dados a nós por Deus.

Nos versículos 5 a 8, ele exorta a igreja a aceitar a diversidade de dons concedidos e usá-los com amor. Ele escreve: “Temos diferentes dons, segundo a graça que nos é dada. Se é profecia, seja ela segundo a medida da fé” (v.6).

Portanto, enquanto esperamos descobrir a vontade de Deus para nossa vida, devemos continuar usando nossos talentos e dons para Sua glória e a fim de avançar Seu reino. A vontade de Deus não é revelada àqueles que apenas sentam e esperam.

Pelo contrário, é revelada àqueles que estão ativos no ministério e usando os dons que Deus lhe deu.

Swindoll reitera isso e sugere que “seguir a vontade requer fé e ação”. Ellen White também enfatiza esse princípio importante ao afirmar que “a atividade penetra por toda a criação, e a fim de que cumpramos a nossa missão devemos também ser ativos”.

Em segundo lugar, assim que estivermos comprometidos com Seu serviço, é por meio desse comprometimento que experimentaremos a conversão contínua através da transformação de nossa mente. Paulo continua dizendo: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (v.2).

A frase “para que sejam capazes de experimentar e comprovar” indica que deve ser cumprida a fim de que algo aconteça. A palavra grega utilizada por Paulo para “transformem-se” é metarmorphoo, da qual se origina a palavra “metarmorfose”. Esse termo implica uma mudança fundamental. Não uma superficial, mas a que afeta a pessoa por completo. Segundo Paulo, quando mudamos, somos capazes de experimentar e comprovar a vontade de Deus.

Da mesma forma que uma borboleta passa pela metarmorfose de lagarta a borboleta adulta, nossa mente precisa passar por uma mudança semelhante. Isso acontece ao utilizarmos nossos dons e talentos no serviço de Deus. É bastante difícil imaginar um crescimento cristão equilibrado sem usar os dons para Deus.

Na carta aos Efésios, ao se referir ao assunto do uso dos dons espirituais com relação ao crescimento espiritual, Paulo buscou esse fato ao escrever: “E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e  outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4: 11-13).

Em resumo, a vontade de Deus é revelada àqueles que estão crescendo espiritualmente em Cristo por meio do uso de seus dons espirituais. Compreensão espiritual acontece ao agirmos. A ação produz o crescimento espiritual que é necessário para esclarecimentos espirituais.

Vivendo de Verdade

Eu me lembro de um programa da Hope Channel chamado Really Living (Vivendo de Verdade). O programa estava apresentando um casal que, naquela época, trabalhava em um país africano como médico-missionário. Não recordo todos os detalhes deles, mas algo que realmente não esqueci foi o fato de eles terem se encontrado lá ainda solteiros, respondendo a um chamado de Deus para a vida. Não somente responderam ao chamado de Deus, como também encontraram um cônjuge compatível no processo. Mesmo que tenham tido diferenças culturais (ela era da Europa, e ele, dos Estados Unidos), com certeza tinham muito em comum pelo simples fato de que ambos compartilhavam interesses mútuos e um chamado divino semelhante. Essa certamente não é a experiência de todo cristão, mas pode servir como exemplo de pessoas que encontram a vontade de Deus enquanto utilizam seus dons.

Ao buscar conhecer a vontade de Deus, há uma pergunta que você precisa fazer de acordo com Romanos 12: você está crescendo em Cristo pela utilização completa dos dons que Deus lhe concedeuenquanto busca Sua vontade para a vida?

Todos os textos Bíblicos foram extraídos da Bíblia Thompson

Ellen Gold Harmon White, Educação, p. 214.  

              




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